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Crónicas de uma filha Atrapalhada

Lembram-se da pequena Bá do blog "Crónicas de uma mãe atrapalhada." Pois,ela cresceu! E agora exigiu que existisse também a sua versão de filha num blog a quatro mãos.

Crónicas de uma filha Atrapalhada

Lembram-se da pequena Bá do blog "Crónicas de uma mãe atrapalhada." Pois,ela cresceu! E agora exigiu que existisse também a sua versão de filha num blog a quatro mãos.

Desafio: A completar frases

 O P:P: do blog (In) Sensato   desafiou-me a completar umas frases e eu aceitei. desde já agradeçoo desafio.

 

Então aqui ficam as minhas respostas.

 

 

Sou muito   Teimosa, obstinada, curiosa, preguiçosa e protetora daqueles que amo.

 

Não suporto a ignorância, a hipocrisia, falsos intelectuais, pessoas más, mesquinhas, a falta de civismo.

 

Eu nunca digo nunca

 

Eu já fiz um comboio estar parado à minha espera

 

 Quando era criança queria ser enfermeira.

 

Neste exato momento estou a ouvir a fantástica banda sonora dos “Originais”

 

Eu morro de medo de não ver os meus filhos crescer

Eu sempre gostei de ler, de escrever, de conversar, de estar com amigos, rir as gargalhadas, de estar de feliz, de fazer as pessoas felizes, de pessoas felizes

 

Se eu pudesse deixava de trabalhar para poder dedicar mais tempo ao meu filho.

 

Fico feliz quando os meus filhos são felizes, quando aqueles que amo e os que me rodeiam são felizes, quando consigo alguma coisa que desejei, quando me surpreendem, quando vejo alguém de quem gosto superar-se

 

Se pudesse voltar no tempo   não faço ideia o que faria, não costumo pensar, nisso, costumo pensar o que não farei no futuro.

 

 Adoro a minha família, uma boa música, uma mesa cheia de amigos, uma boa conversa, um bom livro, um bom filme, túlipas,coisas simples, mas que me trazem felicidade,

 

 Quero muito ir a muitos sítios, principalmente a Cuba e não me refiro ao Alentejo, embora goste muito do Alentejo assim como de quase todos os lugares de Portugal.

 

Eu preciso de muita coisa, principalmente no que diz respeito à saúde dos meus filhos. Estabilidade financeira e profissional. Dormir, dormir muito. Praia, sol, mar. De espaço e de tempo só para mim.

 

Não gosto de pessoas que pensam que são melhores que as outras, de prometer e não cumprir, de me sentir impotente para ajudar aqueles que amo.

 

Terminada esta etapa, é chegada a altura de contemplar alguns leitores, por forma a darem continuidade a este desafio. Todos estão convidados. Mas destaco:

Triptofano

Olhares Azuis

O último fecha a porta

A desconhecida

O Caleidoscópio

O meu maior sonho

Maribel Maia

"and last but not least" a minha preguiçosa parceira de Blog.

Babá

És um brócolo!

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 Eu a falar com a filha e ela de Headphones a fazer-me sinal de fixe a tudo o que lhe digo, de repente digo-lhe: - És uma melga. E ela continua a dar-me o mesmo sinal de sorriso de orelha a orelha. De repente decido dizer-lhe: -És um Brócolo.  -  Ela faz-me o sinal e acrescenta:

- Sim. Os Brócolos são fixes porque parecem pequenas árvores e as árvores

 são boas para o ambiente.

 

-Ok ganhaste! -  digo-lhe eu a pensar: “ se ela não tivesse a resposta pronta na ponta da língua não era a minha filha…”

Conversa entre amigas.

 

 

Amiga : E como anda a tua filhota agora?

 

Eu-  Varia entre uma miúda muito gira, com uma cabecinha inteligente, super protetora do irmão, e uma chata de uma melga adolescente com os headphones colados às orelhas o dia todo.

 

Amiga:  Então está óptima

 

EU:acho que sim !!!

 

 

imagem retirada da net com link de referência.

Recadito

 

 Tenho andado um pouco arredada daqui estas últimas semanas têm sido muito complicadas. Trabalho adiado, protelado indefinidamente. Semanas sobrecarregadas com o trabalho adiado. Tenho espreitado aqui e ali e quando consigo deixo uma frase.  Para já uma pequena pausa, para retemperar e depois recomeçar.

Celebrar a morte e a vida entre escolas …

Só ontem…

           Percorri duas escolas de manhã pelo meu filho. Depois de um inicio de dia complicado almocei num Restaurante Indiano, mas que também serve comida italiana, comi um prato Indiano, mas confesso as Pizzas tinham excelente aspeto. Ainda consegui comprar umas roupitas que eram necessárias para o filho.

            À tarde tive que ir completar umas tarefas na Escola onde trabalho e levei o filho comigo. Foi regressar a casa e arranjar-me para estar presente noutra escola para uma Homenagem a uma colega falecido recentemente. Uma pessoa com quem convivi pouco tempo, mas que nesse pouco tempo se revelou uma pessoa fantástica e não digo isto por ter falecido, já era a minha opinião antes disso.

           Saí da Homenagem e liguei ao meu marido a tempo de ouvir pelo telefone o último golo de Portugal. Fui ter com ele e os miúdos ao café. Já só vi mesmo o final do jogo.  

 

              Saí direta do Jogo para outra escola onde se realizava Sardinhada e festa de final de ano do ATl da minha Filha onde fizeram um pequena e amorosa festa onde as tradições Portuguesas marcaram presença a animar a festa.

    Comi apenas uma Sardinha, estava boa.  Não estava com grande fome.     Ainda cantei e dancei e a filha também. Fizeram uma pequena e emocionada cerimónia de despedida dos finalistas, pois foi o último ano que aceitaram meninos sem ser do segundo ciclo. A minha filha encontrava-se entre eles e foi muito bonito. 

 

  No final do meu dia, entre tudo o que fez parte do meu dia tinha percorrido cinco escolas ( por mais que me queira livrar não consigo!) e entre tarefas banais do quotidiano, numa celebrei  a morte , numa homenagem à vida de alguém e noutra acabei a celebrar a vida , porque a vida deve ser celebrada enquanto podemos.

Quando ela entra modo acelerado...

 Pronto já podem dizem que isto não é só baba. Quando ela entra em modo acelerado fica simplesmente impossível de aturar. Estamos a acabar de tomar um café em família no cafezinho onde costumamos ir. E ela está simplesmente elétrica não para. Não deixa o irmão em paz e não se cala ao ponto de já estar a ser inoportuna.  Até a senhora do café lhe pergunta o que ela tem, que está tão acelerada. Resposta dela:

"-Eu não dou por nada afinal eu convivo comigo todos os segundos da minha vida!"

Arrrreeeeeeee ela podia ter dado metade o dom da oratória ao irmão isto poia ter sido um pouco mais bem distribuído...

 

imagem retirada da net com link de referência

 

 

Follow Friday de Junho

Tenho deixado passar as últimas Follow Fridays porque o final de um ano letivo, é para mim sempre uma época conturbada. Mas desta vez não passo deixar passar.  

   Existem muitos blogs interessantes e apesar da Mami ser sobejamente conhecida neste mundo dos blogs creio que o  seu novo projeto Pinguim Amora, um blog sobre parentalidade, aberto à comunidade blogueira merece destaque não só pelo tema em si ser abrangente, mas pela própria dinâmica do Blog.

JÁ FALARAM DE SEXO COM AS VOSSAS FILHAS/FILHOS???

sexualidade-educacao-em-debate.jpeg    O sexo é ainda um assunto Tabu na nossa sociedade. Quer por força de uma sociedade conservadora submetida aos valores do Estado Novo, quer por força das convicções religiosas que condenam o sexo e cujos dogmas ainda estão profundamente enraizados na nossa sociedade.

   

           Tive a sorte de nesse aspeto ter uma mãe que sempre que lhe perguntei me ter falado abertamente do assunto em causa cada vez que a questionava.

Nos dias de hoje são cada vez mais os casos de jovens que buscam informação e conhecimento nas redes sociais, mas cujos pais se inibem de falar no assunto.

 

           E na era do “Fast -food” da informação era suposto que os nossos jovens tivessem mais consciência de forma a evitar não só uma gravidez indesejáveis como o facto de poderem contrair DST (doenças sexualmente transmissíveis)

 

        De acordo com dados divulgados numa reportagem da SIC Notícias em 2017 a “Maternidade na adolescência em Portugal longe dos mínimos da UE “ sendo  “Portugal é o 12º país a nível europeu com mais mães adolescentes. ... Marcelo Rebelo de Sousa vê com preocupação os dados divulgados ...”

Se eu quiser captar a atenção dos meus alunos falar de Sexo é garantido. Claro está, que de forma pertinente para a aula em questão e de forma adequada à faixa etária.                    

           Apercebo-me que estão cheios de dúvidas e que ultrapassadas as vergonhas iniciais, disfarçadas pelos risinhos de parvoíce característicos da idade, estão sedentos que alguém os esclareça. Abordando o assunto com clareza e naturalidade rapidamente as questões se sobrepõem aos risnhos.

 

Tive um caso de uma aluna adolescente de quem me apercebi que poderia estar grávida.

         Em conversa particular abordei-a frontalmente negou-me e jurou-me a pés juntos que era virgem respondi que isso me não me interessava que queria apenas alertar para uma situação que para ela poderia ser indesejável. No final do ano as minhas suspeitas confirmaram-se.

        Mais tarde, a aluna confidenciou-me que se inibira porque a mãe dela nunca falava desses assuntos com, até da menstruação adquirira conhecimento com as amigas e colegas.

 

    Chegada a fase em que me vejo mãe de uma adolescente, acho pertinente falar com ela do assunto. As reações dela são muitas das vezes de vergonha características da idade.

     E chega a replicar que não é tonta e que não anda ainda interessada em rapazes. E eu acredito. Porém tenho algo, que ela ainda não tem experiência de vida.

       A experiência de vida ensinou-me que por vezes as coisas acontecem quando menos esperamos e que o conhecimento é poder.

 Por isso aos poucos sempre que posso vou abordando o assunto.

 

  E vocês já falaram de Sexo com as vossa filhas ou filhos? E qual foi a vossa experiência com os vossos pais?

 

 (texto de minha autoria direitos reservados. Fotografia retirada da internet comçlink e referência)

A Felicidade e a dor de cotovelo.2

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(com quatro anos no Ballet)

(Como o post estava muito grande  decidi dividi-lo em duas partes)

 

  A minha filha não é uma ginasta, nem atleta dotada, e depois?

Não se pode ser bom a tudo.  Quis desistir da natação para meu desgosto e experimentou o Hip Hop, mas não durou. Fez ballet, mas parou porque os meus horários não davam e eu não conseguia conjugar, mas também não era nenhuma prima dona e mesmo que fosse não era isso que importava.

Agora anda no Teatro e ainda não sabe se vai continuar, e a decisão será dela. É a busca dela, a sua demanda do que gosta ou que não gosta, do caminho que quer seguir. Creio que se chama Crescer!  E nessa demanda fará escolhas que eu não irei gostar, mas que, se ela gostar e a fizerem feliz, irei respeitar.

  É uma jovem bem formada, que no dia em que tirou pela primeira vez uma negativa, ficou feliz porque a colega que costumava ter notas fracas, tinha tirado o seu primeiro Bom. Uma jovem que fica feliz quando pode ajudar os e vê-los outros felizes. Não é uma jovem que se gabe ou se exiba (a mãe faz isso por ela eu sei e ela odeia que eu seja tão babada)! Tem defeitos? Sim, muitos.

Sim orgulho-me dela e das suas conquistas. É assim tão errado?

  Mas acima de tudo, o que me realiza como mãe é ela dizer que teve uma infância muito feliz e que é feliz com o irmão e a família que tem.

  Lembro-me o primeiro dia que a levei ao colégio onde frequentou o primeiro ciclo, a psicóloga que nos recebeu, me dizer que via nela uma criança Feliz. Como me senti realizada nesse dia.

   Se a felicidade dá dor de cotovelo? Se calhar dá! Mas temos pena!

Se isso nos faz parecer que queremos ser mais que os outros?  Não faço ideia. Mas também não estou preocupada, porque o que me interessa é que os meus filhos, cada um de sua forma são crianças felizes.

A Felicidade e a dor de cotovelo (1)

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 Quando fui mãe pela primeira vez, já as minhas sobrinhas tinham oito anos, e a maioria dos meus amigos tinha ou filhos crescidos, ou ainda não tinham filhos. Embora com o acompanhamento do Pediatra, eu não tinha exatamente pontos de referência do que era comum ou não um bebé fazer em certa idade.   A minha filha era o meu sonho realizado e sim, eu era e ainda sou uma mãe muito babada. Era uma mãe muito feliz (e ainda sou) com a filha que tinha e tenho. Por isso quando comentava que a minha filha gatinhava e falava aos seis meses, eu pensava que era a coisa mais comum do planeta. 

          Até ao dia em que ouvi uma colega comentar, mas minhas costas, em tom sumido e irónico:

“-Hum mais um bocadinho e diz que ela já falava na barriga!”

Eu que tenho ouvidos de tísica e não tenho papas na língua, fiz questão de responder igualmente com ironia dando-lhe a entender que a ouvira:

- Nunca se sabe.  – E segui a minha vidinha, enquanto a dita cuja criatura me olhava estupefacta.

    É que não se tratava de uma questão de eu querer que a minha filha fosse melhor que o filho, ou filha desta ou daquela. Também não fiz questão que a minha filha gatinhasse ou falasse aos seis meses. Mas eram factos. Factos de que eu própria tinha duvidado.  Pois a primeira vez que ela gatinhou foi na ama e as primeiras palavras eu não liguei, pensei que fossem fruto da minha imaginação ou que estava à beira de um esgotamento. Só acreditei, quando a fui buscar à ama no primeiro dia e ama me diz:

- Não me avisou que a sua filha já gatinhava.

E eu:

- Ela não gatinha. Vira-se toda, mas não gatinha.

Ao que a ama me responde:

- Gatinha, gatinha e muito bem, tanto que me fez andar à procura dela. E chama por si e pelo pai.

Aí eu fiquei a olhar, afinal eu não estava à beira de um esgotamento e a imaginar coisas.

-Tem a certeza?

-Tenho que ouvi várias vezes e o meu marido também- respondeu-me ela.

 

 Era a confirmação de que eu não estava doida, nem a imaginar coisas.

 

Enfim, eu sei, isto fazia parecer que eu queria que a minha filha fosse melhor que todos e que era isso que me importava.  Mas não, apenas a minha filha era mesmo assim.  E eu adorava -a. Era a minha filha.

      Mas se pudesse escolher, teria preferido que gatinhasse e falasse um pouco mais tarde. Porque tinha sido muito mais fácil para mim, que nessa época estava sozinha e deslocada de casa com ela, numa casa com escadas, onde não tinha proteção, porque pensámos que só mais tarde seria necessário. E não tinha mais ninguém para andar atrás dela quando ela gatinhava a cem hora.

 

Se pudesse escolher teria preferido que ela tivesse falado um pouco mais tarde, e o irmão um pouco mais cedo.

 Porque será que não incomoda ninguém, nem dá dor de cotovelo a ninguém quando falo que tenho um filho não verbal e me orgulho de cada conquista nova dele? Ah pois, isso não faz parecer que o meu filho é melhor do que as outras crianças.

 

Quando me perguntavam se a minha filha não tinha atividades extracurriculares fora da escola, eu respondia que as que tinha na escola chegavam.

 Para mim era importante passar tempo com ela, ir com ela ao Parque, ao café lanchar, ao cinema, passear, brincar com ela, fazer bolos, ver filmes juntas no sofá ou na cama.

 É uma jovem como as outras. É inteligente, sim! Vou dizer que não, porque alguém pode ficar com uma ligeira dor de cotovelo? Era o que me faltava.

(continua)

A Resposta.

 Estava a reler o blog de infância da minha filha quando me deparo com o simpático comentário de alguém que lia o blog a me “pedir” para realizar o desejo da minha filha para lhe dar um irmão ou uma irmã.

     Não tinha endereço de blog mas tinha um endereço de e-mail. Num impulso enviei um e- mail a informar que o desejo da Bárbara, fora realizado, e ela tinha um irmão já com seis anos.

    Poucos minutos para minha surpresa recebi uma amável resposta.  Tão bonita esta interação que um simples blog gera entre pessoas que não se conhecem, mas que aos poucos vão gerando sentimentos de empatia.

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