Este ano tive um imprevisto e não consegui fazer a foto de família que queria.Mas deixo-vos com uma memória Feliz de outros Natais, quando a Bá aguardava ansiosa a chegada do mano.

A todos um santo e Feliz Natal com muita saúde para todos os nossos amigos, leitores, vizinhos da Sapolândia e equipa do Sapo.

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 Cá em casa o sexo não é um tema tabu.

 Pais de uma adolescente de quinze anos e sabendo que os jovens cada vez mais iniciam a sua vida sexual precocemente, achamos que falar sobre o assunto com a maior naturalidade possível é o melhor caminho a seguir.

A informação continua o melhor caminho para uma vida sexual saudável sem traumas, tabus ou inibições e sem que a pessoa se sinta pressionada. Pretende-se que quando a nossa filha iniciar a sua vida sexual o faça de modo consciente e informada, não só de forma a evitar uma gravidez indesejada, mas principalmente as DST, ( doenças sexualmente transmissíveis) que constituem um perigo muito maior que qualquer gravidez.

Não se pretende com isto incitá-la a iniciar a sua vida sexual precocemente, mas que quando o fizer o faça de forma consciente e informada.

Ora, desta forma não incomum proferirmos umas brincadeiras em tom jocoso de cariz sexual subentendido na frente da filha, que cora que nem um tomate, mas atenção também não é o prato do dia.

 Hoje, estava aflitíssima para ir á casa de banho, quando regressava de ir levar o Gonçalo à escola e parecia que ninguém no trânsito queria andar. Assim que cheguei a almejada casa de banho a sensação de alívio foi tão boa, que não consegui evitar o seguinte desabafo:

- Ai filha, a sensação de alívio foi tão boa que é quase orgásmica.

A Bá indignada e meia cara de pimentão, responde-me:

- Oh mãe como é que queres que eu saiba isso, se nem faço ideia do que é.

E eu no registo de brincadeira ( mas que não deixa de ser verdade)

-Olha filha , nem tu nem muitas mulheres.  Mas vais saber, porque a mãe deseja-te que ao longo da tua vida tenhas muitos e bons orgasmos.

E responde-me o meu pimentãozinho ( leia-se a Bá) .

- Não me parece, acho que vou preferir trocar um litro de Dyoralite por sexo.

E eu o pai:

-Olha que não é uma boa troca. Daqui a dez anos falamos.

Ela teimou, então combinámos que eu iria registar e daqui a dez anos voltaríamos ao blog para ver quem tinha razão.

Que acham , eu e o pai vamos ganhar?

E vocês votam no Dyoralite ou no Sexo?

Ora existem dois vizinhos aqui no bairro da sapolândia ou charco como preferirem, que todos os anos por esta época lhes dá  uma coisa qualquer na cabeça e decidem arranjar mais trabalho do que já têm nas suas vidas pessoais, isto tudo para dar a conhecer os blogs desconhecidos da nossa blogoesfera , pelo seu espírito e disponibilidade, até porque não ganham nada em troca a não ser a sua satisfação pessoal pela divulgação dos muitos blogs bons que se fazem por aí. Fica aqui o meu singelo agradecimento à nossa @Magda L Pais   

  e ao   @David Marinho  pela trabalheira que têm todos os ano e por manterem aceso o verdadeiro espírito dos blogs.

E agora vem a campnha sei que a Bá não tem cá vindo e eu muito esporadicamente, mas  mesmo assim vamos fazer campanha pelo meu blog de família dedicado especialmente ao meu filho mais novo. Um menino com autismo e um síndrome raro o sp18-. Por isso apelo àqueles que não se esqueceram de nós e que não desistiram de cá vir que votem no  nosso blog Crónicas de uma mãe atrapalhada 2: o nosso anjo azul..   Votar é muito simples é só ir aqui e nos comentários deixar o link do nosso blog e mais quatro que gostem.

E agora vou dar bons motivos para votarem  O Gonçalo continua fiel ao  nosso bairro/charco da sapolândia, fieis ao nosso batráquio como ternuramente o tratamos.

Por muito que a gente despareça voltamos sempre porque não nos esquecemos dos amigos.

É um blog de família que mostra que o amor é a rsposta  e não se focando só no autismo ou no síndrome raro, vai divulgando informação a fim de  informar e sensiblizar a sociedade.

Outro dos motivos com modéstia á parte é porque tem textos bem escritos e cuidados, o que considero importante num blog.

A Bárbara que desde os seus dois anos é diretamente e indiretamente por mim presença assídua no sapo desde quase o início da plataforma iria ficar muito feliz, principalmente pelo irmão.

E claro que ficaríamos felizes principalmente por ganharmos o famoso pacote açucar .

Estou a brincar, mas era giro  trazer mais pessoas ao blog.

E quer votem ou nã,o se leram até aqui: obrigada e "façam o favor de ser felizes"

Ah e não se esqueçam votem rápido que é só até 20 de Dezembro e o tempo foge.

Hoje volto aqui para falar de Ansiedade e das graves consequências de não ser devidamente tratada. É um tema que com a Pandemia se tornou mais falado, mas é invisível e altamente incapacitante.  Falo de ansiedade não do ponto de vista clínico, mas do ponto de vista de experiência pessoal na minha vida e da minha filha. Se me pedirem para descrever a ansiedade numa palavra diria Inferno, porque que é como viver num inferno, pessoal.

   Levei quase trinta anos a entender o que era um ataque de pânico e a ansiedade em geral. No início pensava eu só sou muito nervosa. Culpava a asma pela falta de ar e a dor e aperto no peito.

Quando as palpitações começavam achava que havia algo de errado.

 Sempre que o acontecimento importante se aproximava, ficava ansiosa, o coração palpitava descontrolado, o ar parecia não chegar e chegava a descrever a dor que sentia como se uma mão estivesse dentro de mim a apertar-me o coração.

 Se fosse para um exame e não tomasse algo para me acalmar, por vezes chegava a ter o que chamávamos de “brancas”, por muito que eu soubesse, ou entendesse daquele assunto, assim que me sentava e recebia o Exame a minha memória era como um disco de computador que tinha acabado de ser formatado. Saía do exame e de repente tudo se tornava claro para mim.

Estive anos sem conduzir por causa da ansiedade. A necessidade obrigou-me a enfrentar “o monstro” e acabei por conduzir e por duas vezes na vida tive um ataque de pânico ao volante. Felizmente controláveis. Um deles valeu-me o meu marido que estava ao pé de mim e o outro …  bem esse merece um post inteiro, porque ficou para a história e contarei num próximo post.

 Conseguem imaginar o que é a luta entre concentrar-nos na condução, e um coração descompassado, uma sensação de sufoco, sentir literalmente o sangue a latejar-nos nas veias e um sentimento de pânico que algo de mau nos vai acontecer?

 E a sensação do não sou capaz, não tenho competência para, que sempre me fez fugir do que fosse qualquer cargo de chefia, porque a simples ideia de ter pessoas dependentes das minhas decisões me despoletavam ataques de pânico. Apesar de ao longo de 29 anos de aulas ter sempre conseguido fazer amigos, ter conseguido fazer com que Conselhos de Turma e Encarregado de educação colaborassem comigo.

 A ansiedade faz-nos viver num terror constante e procurar ajuda é o melhor a fazer, porque às vezes achamos que somos fortes e resolvemos as coisas sozinhos, mas o caminho para a cura é procurar um especialista.

Este é um testemunho que partilho para que quem se sentir assim possa procurar ajuda, porque passar um legado de ansiedade aos nossos filhos não é uma boa herança.