A Felicidade e a dor de cotovelo.2
(com quatro anos no Ballet)
(Como o post estava muito grande decidi dividi-lo em duas partes)
A minha filha não é uma ginasta, nem atleta dotada, e depois?
Não se pode ser bom a tudo. Quis desistir da natação para meu desgosto e experimentou o Hip Hop, mas não durou. Fez ballet, mas parou porque os meus horários não davam e eu não conseguia conjugar, mas também não era nenhuma prima dona e mesmo que fosse não era isso que importava.
Agora anda no Teatro e ainda não sabe se vai continuar, e a decisão será dela. É a busca dela, a sua demanda do que gosta ou que não gosta, do caminho que quer seguir. Creio que se chama Crescer! E nessa demanda fará escolhas que eu não irei gostar, mas que, se ela gostar e a fizerem feliz, irei respeitar.
É uma jovem bem formada, que no dia em que tirou pela primeira vez uma negativa, ficou feliz porque a colega que costumava ter notas fracas, tinha tirado o seu primeiro Bom. Uma jovem que fica feliz quando pode ajudar os e vê-los outros felizes. Não é uma jovem que se gabe ou se exiba (a mãe faz isso por ela eu sei e ela odeia que eu seja tão babada)! Tem defeitos? Sim, muitos.
Sim orgulho-me dela e das suas conquistas. É assim tão errado?
Mas acima de tudo, o que me realiza como mãe é ela dizer que teve uma infância muito feliz e que é feliz com o irmão e a família que tem.
Lembro-me o primeiro dia que a levei ao colégio onde frequentou o primeiro ciclo, a psicóloga que nos recebeu, me dizer que via nela uma criança Feliz. Como me senti realizada nesse dia.
Se a felicidade dá dor de cotovelo? Se calhar dá! Mas temos pena!
Se isso nos faz parecer que queremos ser mais que os outros? Não faço ideia. Mas também não estou preocupada, porque o que me interessa é que os meus filhos, cada um de sua forma são crianças felizes.